Prozines (I) - Cadernos de BD - 1ª série

Prozine é um zine editado por um profissional, ou, usando o diminutivo habitual, um pro.

Obviamente, um profissional da especialidade de que trata o fanzine. No que aos zines de banda desenhada diz respeito, terá de ser um profissional de BD a editá-lo.

É o caso deste prozine titulado Cadernos de BD: quem o editou foram dois profissionais de banda desenhada: Jorge Magalhães - argumentista de BD, e director literário de revistas de banda desenhada; e Catherine Labey, legendadora, tradutora e desenhadora de BD. 
Apresentam-se na ficha técnica como "Colectivo BD".

Com este exemplo pretendo esclarecer a confusão que existe acerca deste ramo das edições amadoras.

Há a noção errónea de que um prozine é obrigatoriamente uma publicação de grande qualidade gráfica, impressa em offset, com um aspecto de revista profissional e registada no depósito legal. 

Ora quando se encontram reunidas essas condições, mas o editor (ou editores) são amadores da especialidade que constitui o conteúdo da publicação, ela continua a incluir-se no conceito de fanzine.

E, ao invés, mesmo que o aspecto gráfico seja modesto, como acontece com este exemplar do Cadernos de bd (1ªsérie), que se apresenta com capa a uma cor e miolo a preto-e-branco (a 2ª série teve capas em quadricromia, o conteúdo continuou igual), mas é editado por profissional da BD (por acaso, dois), está-se perante um exemplo de prozine.

Há até um caso curioso a respeito desta noção: o meu fanzine Efeméride, editado no formato A3, em papel couché de boa gramagem e a cores, foi classificado como prozine por um júri e por esse motivo excluído da lista de fanzines. Ora sendo eu um editor amador, o Efeméride é um zine editado por um fã (ou fan), logo, um fanzine.

Ficha técnica
Título: Cadernos de BD
Fanzine de Estudo e Divulgação 
da 9ªArte produzido e editado por "Colectivo BD"
Nº 1  Julho de 1985
Preço: 125$00
Tiragem: 500 ex.
Depósito Legal 9174/85

Feira Morta - Há lá fanzines

É na centenária S.M.U.P. - Sociedade Musical União Paredense que se vai realizar mais uma edição da Feira Morta, no fim-de-semana de 28 e 29 de Março, entre as 14h e as 22h.
Trata-se de um evento onde os fanzines que tratam de BD são presenças habituais.

Desta vez quem me enviou e-mail a anunciar o evento foi a Catarina Domingues. Ela e o Tiago Baptista são os elementos dinamizadores da feira em geral e da componente fanzinística em particular, sendo ele um faneditor bastante activo, responsável desta vez por dois momentos especiais:

1º - Reedição do primeiro número do zine Preto no Branco;
2º - Lançamento de um novo título, o Aberto.

Por conseguinte, os fãs de fanzines de Lisboa e arredores têm já um programa bastante atractivo: ir até à Parede.

Eu gostaria de passar por lá, mas tenho compromissos que me impedem de o fazer.

Exposições BD Avulsas - Sofia Neto

Mais uma exposição de BD no Porto, e lamento só dela ter tido conhecimento com atraso, visto que as pranchas de banda desenhada de Sofia Neto já estão expostas desde 28 de Fevereiro.

Mas como a exposição abarca dois quadrantes, o da BD e o dos fanzines, comecei por anunciar em 4 de Março o evento no meu outro blogue, o "Divulgando Banda Desenhada", no endereço

http://divulgandobd.blogspot.pt/2015/03/exposicoes-bd-avulsas-sofia-neto.html

e tendo em mente que a expo se irá prolongar até 27 de Março, acho que repetir agora a divulgação neste blogue especificamente dedicado aos fanzines ainda poderá ter efeitos positivos. 

Considero que, se a não fizesse, teria deixado passar a oportunidade de chamar a atenção para a existência de uma emergente autora de BD de qualidade singular, maioritariamente colaboradora de fanzines de banda desenhada, e faneditora na qualidade de editautora.

A exposição de Sofia Neto está visitável na discoteca Louie Louie portuense, como se pode ver no sugestivo cartaz que ilustra o presente post.

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SOFIA NETO

Síntese biobibliográfica
 


Sofia Neto (S. João da Madeira,1989) é licenciada em Belas Artes Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto - FBAUP, e tem um mestrado em BD pela École Européene Supérieure de l'Image - EESI, de Angoulême (quase de certeza caso único no que se refere a artistas portugueses) .

Tem bandas desenhadas publicadas em fanzines seus - ou seja: tem funcionado como editautora -, sob os títulos 789, Vial e Kra Kra.

Uma bd de sua autoria está em publicação no Jornal Único, de São João da Madeira. 

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