fanzines de banda desenhada

domingo, dezembro 30, 2007

Tertúlia BDzine - nº 120 - Dezembro 07

Prancha (2ª de 3) da banda desenhada A Mão Cheia, da autoria (argumento e desenho) de ZéPaulo
Nota: A prancha anterior pode ser vista no blogue "Divulgando Banda Desenhada", no endereço
http://divulgandobd.blogspot.com/

Admirável Mundo Novo?, com irónico ponto de interrogação, é o tema em que se integra o episódio A Mão Cheia, curto mas intenso retrato imaginário de um futuro angustiante, que ZéPaulo, ao jeito de futurólogo, já tinha tratado numa outra curta banda desenhada reproduzida neste mesmo fanzine, numa postagem datada de Agosto, 8, deste ano.


Tertúlia BDzine - nº 120 - 11 Dezembro 2007
Formato A4 - 4 páginas
Distribuição gratuita na Tertúlia BD de Lisboa
Editor: Geraldes Lino
Apartado 50273
1707-001 Lisboa

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Eros - nº 10 - 4º trimestre 07

Capa desenhada por Pepedelrey, colorida por JCoelho

Estava-se em 1987, editava eu o Eros, um fanzine de banda desenhada erótica. Erótica, mas não pornográfica. Vinte anos depois, após um longo interregno de dezasseis, e agora com um encarte assumidamente pornográfico, sai o nº 10.
Dele mostrarei aqui algumas imagens. Hoje é só a capa e uma prancha (em baixo) assinada por Pepedelrey.

Prancha (2 de 4) da banda desenhada "Da Memória dos Desejos", por Pepedelrey

Mas pode ser vista outra, da mesma peça daquele talentoso autor, no blogue Divulgando Banda Desenhada, no endereço
http://divulgandobd.blogspot.com/

Neste décimo número (último, definitivamente?) do Eros, o sumário inclui colaborações, umas por iniciativa própria, outras à revelia dos autores, cujos nomes se registam:
1ª capa - Pepedelrey (desenho), JCoelho (cor)
2ª capa - Pedro Sousa Dias
As bandas desenhadas (títulos e autores):
Da Memória dos Desejos - Pepedelrey
Zambujas - JCoelho
Old Fashion - Rui Lacas
O Regresso de Valentina - Machado
Octopus - Sara Franco e Raquel Coelho
Luisinha - Zé Paulo
Tell me your stories - Zé Francisco
A 1ª vez - Zé Manel
Erros - Pedro Sousa Dias
Na rubrica "Olho Voyeur", criada nos números iniciais do Eros, aparecem imagens de:
Giorgio Donati, Filipe Abranches, Lígia Paz, Dino Buzzati, Frank Miller, Toshiki e Miguel Rocha.
"Last but not the least": há um encarte dedicado aos Gráficos Porno, com a reprodução parcial (28 pranchas de um total de 46) da bd Vaz & Lina, um trocadilho que retrata bem o conteúdo pornográfico, puro e duro, de uma banda desenhada assinada por Henrique, reproduzido em papel vermelho, com envoltório (só abrirá quem quiser) da mesma cor, a mais apropriada para cenas eventualmente chocantes.
Textos de Geraldes Lino e J. Machado-Dias
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Eros - nº 10 - 3º trimestre de 2007
Formato 4
Capa a cores
O corpo principal do fanzine, impresso a preto sobre papel branco, é de cariz erótico, não pornográfico
O fanzine engloba o encarte "Gráficos Porno", de 28 páginas, em papel de cor vermelha, com BD pornográfica portuguesa, coberta por um envoltório também de cor vermelha.
Editor: Geraldes Lino
Apartado 50273
1707-001 Lisboa

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Língua portuguesa em mau estado na Banda Desenhada, no Cartoon, na Internet e nos Fanzines (XIII) - Fanzine, sinónimo de "acto de simpatia"? Absurdo!

É um facto que a palavra fanzine intriga muitos adultos, e é deturpada pelos jovens desta geração.
Constato, com cada vez maior frequência que, ao falar de fanzines - e tenho-o feito em palestras, colóquios, mesas redondas, "workshops" -, quando a audiência é de adultos, a reacção mais frequente é a de ignorância do que é um fanzine. Se quem me está a ouvir é duma camada jovem, o mais habitual é que comecem a dizer "as fanzines".
Ora como por várias vezes tenho escrito, o neologismo fanzine (que já existe em Portugal desde 1972, data da edição dos nossos primeiros fanzines) tem a ver com a noção de se tratar de "um magazine editado por um, ou uma, fã (fan, em língua inglesa). Portanto, está implícito o género masculino.
Apercebi-me do erróneo uso do feminino (e de vários erros crassos, tipo "estava-mos", "haviam" músicos na América "á" muitos anos, e quejandas "pérolas" ortográficas) nos fanzines dedicados à música pop, editados por jovens potenciais músicos.
Monologuei comigo próprio: "Estes bacanos podem saber muito de música, mas são muito maus em português".
Todavia, como não os conhecia, e não eram da área da banda desenhada, não interferi.
Venho hoje falar deste erro, e de fanzines de músicos, por ter lido no jornal gratuito Sexta, de hoje, sexta-feira, uma entrevista com António Manuel Ribeiro, líder dos UHF, que, após contar a situação desagradável do agressivo assédio que está a sofrer por parte de uma fã, que aparece à porta dele, no café que ele frequenta, etc., e lhe envia dezenas de mensagens sms para o telemóvel dele e do da banda, acaba por dizer a seguinte insólita frase:
"Há muito tempo que isto não tem nada a ver com música ou com fanzine - é uma patologia".
Ora cá está, se calhar (pelo desconhecimento que manifesta em relação ao neologismo "fanzine") um dos tais músicos que terá contribuído para o tal erro actualmente constatável na língua portuguesa, mesmo se em França, em Espanha ou no Brasil se escreve "un fanzine", "los fanzines" ou "um fanzine", respectivamente.
Se as palavras deste bloguista e fanzinista suscitarem dúvidas, basta escrever na barra do google a palavra "fanzines", e logo poderão confirmar a razão que me assiste.
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Mais considerações acerca desta adulteração do vocábulo fanzinepodem ser lidas no meu outro blogue Divulgando Banda Desenhada, no endereço:
http://divulgandobd.blogspot.com/

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Evento com fanzines na Guarda

Ups!, um fanzine feito por gente de teatro

Muito me tarda o meu fanzine da Guarda, direi eu daqui a uns dias, se os meus amigos ligados ao "Teatro Aquilo" não me enviarem um exemplar do nº 4 do Ups!, que vai ser lançado no próximo dia 15, sábado, pelas 18 horas, no Auditório (repare-se na imaginação e bom gosto do título) do "Poço de Cultura".
Gostaria de lá estar, mas estou atravancado de afazeres.
Saudações fanzinísticas aos actores e fazedores de fanzines Anabela Teixeira e João Brigas Louro.
E fico à espera que me enviem um exemplar do [fanzine] Ups! para:
Geraldes Lino
Apartado 50273
1707-001 Lisboa

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Já Está! - nº 1 - Nov. 07


A Viagem do Caracol, banda desenhada em duas pranchas, da autoria de Ana Batista



Contrastes, banda desenhada em duas pranchas, da autoria de Ana Brito

No "post" anterior (localizado por debaixo deste) descrevi a proposta que fiz para o projecto de um "workshop" de fanzines, a realizar (entretanto já realizado) na Biblioteca Municipal de Odemira ou Biblioteca José Saramago.
As bandas desenhadas foram todas concretizadas em duas pranchas cada.
As acima reproduzidas são as que aparecem nas páginas iniciais do fanzine Já Está!, zine colectivo realizado num dia de trabalho.
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Este fanzine foi concebido e realizado no dia 29 Novembro 2007, entre as 10h e as 18h
no "workshop" intitulado "Faz Fanzines",
no âmbito do evento 2ª BDTECA [Odemira 2007]
Coordenador do "workshop":
GERALDES LINO

Professores acompanhantes, da Escola Profissional de Odemira:
SUSANA SILVA
TERESA CALADO

Animadores sócio-culturais:
ANA SOFIA SOARES
IDÁLIO LOUÇÃO

Participantes do "workshop" "Faz Fanzines"
Alunos da Escola Profissional de Odemira do Curso Técnico de Comunicação, Marketing. Publicidade e Relações Públicas - 07/10

Títulos das bandas desenhadas e respectivos autores:

A Viagem do Caracol - ANA BATISTA
Contrastes - ANA BRITO
A Viagem - VÂNIA e CATARINA
Aconteceu - RUTE
Ida às Compras - LAYLA SCHNEIDER
Um Casal Inesquecível - RICARDO B.
Fogo na Floresta - DIOGO OLIVEIRA "XIN XEN"
O Dia de Praia de Djemba - DIOGO PACHECO
Véspera de Natal - ANA RITA
Natal - ANDREIA e TÂNIA
[sem título] - FERNANDO R.
Surpresas da Vida - CARMEN CORTEZ
Janela? - LEONOR e JOÃO PEDRO
O Aeroporto de Beja - NELSON ALMEIDA
Rotina - TERESA CALADO
Total de participantes: 18 (17 alunos e 1 professora)
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Ficha Técnica
JÁ ESTÁ! - nº 1 - 29 Nov. 07
Fanzine colectivo de banda desenhada
Produzido no "workshop" "Faz Fanzines"
Coordenador: Geraldes Lino
Apoios: Biblioteca Municipal José Saramago
e Município de Odemira
Tiragem: 90 exemplares normais
10 " especiais
Odemira
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Para se saber mais pormenores acerca desta iniciativa, ver o "post" anterior.

domingo, dezembro 02, 2007

"Workshop" de fanzines - Odemira - Evento "2ª BDTECA"

Capa do fanzine colectivo Já Está! executado no decorrer do "workshop" Faz Fanzines, em Odemira
Texto do projecto que apresentei para a realização de um "workshop" com a finalidade de ser editado um fanzine após um dia de formação com alunos entre os 16 e os 18 anos de uma escola profissional de Odemira, no âmbito do evento 2ª BEDETECA [Odemira 2007].
Local de trabalho: Biblioteca Municipal de Odemira (Biblioteca José Saramago)

"Workshop" "Faz Fanzines" em Odemira - Nov. 07
Objecto do "workshop": os fanzines
Finalidade: realizar um fanzine a preto e branco, com capa eventualmente a cores, em formato A4 (o mais vantajoso para a legibilidade das legendas das bandas desenhadas), cujo título será "Já Está".
Este fanzine terá uma tiragem de 100 exemplares, com a seguinte finalidade:
Um exemplar para o formador, dois para cada participante, três para a Biblioteca, os restantes para venda na feira de BD que eventualmente se realize ao longo do evento 2ª BDTECA - Odemira 2007 (não se chama assim, apenas tem o título de 2ª BDTECA, mas poderia chamar-se, a fim de melhor se poder identificar o local e a data da realização).

Responsável pelo "workshop": Geraldes Lino
Editor e coleccionador de fanzines, e estudioso do tema, premiado com o Troféu Imprensa do Festival de Banda Desenhada da Amadora, em 1999, com o artigo publicado na revista Selecções BD nº 5, Abril de 1999, intitulado "Fanzines e Fanálbuns - definições, polémicas e balanço de 1998".

29 Nov.07
Às 10h00
1º MÓDULO
Breves palavras introdutórias ao tema, a fim de que os participantes fiquem minimamente conhecedores da finalidade do "workshop".
1ª parte
1. Informação genérica sobre os fanzines
2. Origem e explicação do neologismo
2ª parte
1. Informação visual sobre os fanzines, com amostragem de vários exemplares
2. Chamada de atenção de diversas originalidades quanto à forma
3. Falar sobre a possível diversidade quanto ao conteúdo
4. Mostrar as possibilidades da sua concretização ao nível artesanal.
3ª parte
1. tentar que os (as) participantes esclareçam quais as áreas para as quais se sentem com mais capacidade: banda desenhada, ilustração, escrita de ficção.
Dentro destas áreas, será muito útil para o orientador do "workshop" que eles (elas) apresentem um pequeno portfólio com trabalhos seus anteriores.
2. Após esta primeira fase, aconselhar, ou não, a criação de equipas.
Às 10h30
2º MÓDULO
1. Falar sobre a linguagem da banda desenhada. Mostrar exemplos dos quatro géneros mais comuns:
a) BD apenas com falas das personagens inseridas em balões;
b) BD com balões e legendas;
c) BD sem balões, apenas com legendas sob as imagens;
d) BD muda, isto é, histórias compreensíveis somente através das imagens, sem balões nem legendas, uma forma de banda desenhada com maiores potencialidades de comunicabilidade universal.
Às 11h00
Intervalo
Às 11h15
1. Distribuição de material pelos participantes;
2. Início da actividade (realização de pequenas bandas desenhadas de duas pranchas, baseadas na capacidade detectável em eventuais trabalhos anteriores.
Às 13h00
Intervalo para almoço
Às 14h30
Recomeço da actividade
Às 17h00
Fotocopiar as bandas desenhadas e agrafar os exemplares.
Às 18h00
Finalização do "workshop"

Material necessário
Como depende do número de participantes, as quantidades são indicadas pelo mínimo)
1 fotocopiadora, com capacidade também para papel formato DIN A3 , para fotocópias a preto e branco (e, se possível, também a cores);
1 computador
2 resmas de papel branco formato DIN A3
2 resmas de papel branco formato DIN A4
(etc)