fanzines de banda desenhada

quarta-feira, outubro 28, 2009

Fandwestern - Série Especial nº 6 - [Setembro 2008]



Houve em tempos não muito remotos temas extraordinariamente populares na banda desenhada e no cinema, um dos quais foi o western, que era carinhosamente apelidado de "coboiada".
Entre nós, um dos maiores cultores do género foi Vítor Péon, claramente influenciado, na criação de episódios de aventuras no Oeste, por autores ingleses. Mas não por Tony Weare, o criador do cowboy chamado Matt Marriott, cujo talento o faneditor [José Pires] sublinha nesta recuperação que faz das tiras da presente aventura, impressa originalmente na revista Mundo de Aventuras.
Quem for fã do género e do muito dotado ilustrador inglês Tony Weare, pode clicar na coluna de registo dos "posts", em Setembro, visto que há lá a reprodução de outro número deste zine, valorizado pela fotografia do criador de Matt Marriott.

Fandwestern - O Fanzine do Fanático da BD Western
Série Especial Matt Marriott nº 6
Fanzine aperiódico
Sem data indicada da edição [Setembro 2008]
Formato italiano (A4 ao baixo) - Capa e contracapa em quadricromia
Miolo: 48 páginas
Tiragem: não indicada (12 exemplares, conforme informação de José Pires).
Director executivo: A. Coniglio
Redacção, Arte e Grafismo: Adolfo Dias [José Pires]
Editor não indicado [José Pires]
Lisboa

segunda-feira, outubro 12, 2009

Os Positivos. Banda Desenhada Alternativa - #1 (2ª série]









No verso da capa do fanzine Os Positivos, está a legenda "Humor e Depressão". O humor, algo ácido, perpassa pelas legendas, a depressão anda por lá, mais ou menos sublimada.
Há anos (desde 1997) que Valter Matos edita este fanzine, durante anos em papel, e, a partir de certa altura, no espaço virtual da internet (o presente exemplar do #1 terá sido regresso esporádico ao espaço físico? ou manter-se-ão as duas versões?).
Nunca houve monotonia neste objecto gráfico: o número de páginas varia, o espaço de tempo entre dois números também, os textos são uma mistura de português e inglês (não confundir com bilinguismo...). Leia-se:
"Não, não reajustem os vossos livros, é assim mesmo: tou a desenferrujar as skills as I go. Bear with me for a sec, ok? Já encontro o estilo certo para começarmos esta coisa."
Aqui está a apresentação deste número inicial da nova série, onde o estilo minimalista, mas sugestivo, da banda desenhada, se tem mantido imutável como imagem de marca do autor, desde sempre, no que concerne à componente gráfica.
Quanto à parte ortográfica, lamento dizer, mas os erros, que sempre pulularam no fanzine, são gritantes ("os últimos anos passeio-os", "o 'virtuissismo' inútil", 'pretenções', 'abstracionismo' - como nos restantes textos não houve adesão ao novo acordo ortográfico, então deveria ter escrito abstraccionismo, até ver ainda se usam os dois cc -, entre vários outros, mais o erróneo uso do feminino para falar do fanzine que, para ele, é "a fanzine"(*).
Irreverente, sarcástico, provocador, com frequência a roçar deliberadamente e com algum humor o escatológico, Valter Matos parece usar o texto como forma de catarse para as suas fúrias existenciais, mas também se serve dele para ataque ao ensino formatado: "Porque é que eu tenho de saber o que Freud sonhou, o que Foucault disse, do que o Benjamin disse da perspectiva renascentista (...)"
O faneditor de Os Positivos faz BD, mas não se esgota na sua realização, defende-a da maneira que lhe está mais no feitio, rebela-se e ataca: "(...) enquanto fecham a BD num gueto de galerias e longe das revistas (...)".
Revistas? Já não há, os editores mataram-nas com os álbuns, mais lucrativos - e também porque os leitores, comodistas, preferem o objecto que se arruma com facilidade na estante. Mas temos os fanzines, com toda a sua liberdade, e esses existirão enquanto nós, amadores da coisa amada, quisermos.

(*) Valter Matos, desculpe este ar que você classificará, muito provavelmente, como professoral... Mas, aqui entre nós que ninguém nos ouve, e neste espaço que poucos lêem, "fanzine" é um neologismo originado no conceito "um magazine editado por um/a fã", e o vocábulo nasceu da contracção da palavra fã (fan) com a última sílaba de magazine.
Em Portugal isto já foi escrito milhentas vezes desde o aparecimento do Argon, primeiro fanzine português, em Janeiro de 1972. Eu sei que você não liga a essas coisas...Fuck 'em!

Os Positivos. Banda Desenhada Alternativa
#1 [2ª série]
Data da edição não indicada [Junho 2009]
Periodicidade: não indicada, mas claramente aperiódica
Formato do fanzine: A5
Capa e contracapa em papel kraft
Miolo: 12 páginas em papel reciclado
Editor: não indicado [Valter Matos]

Endereço físico não indicado
(O editor enviou-me amavelmente o fanzine, conhecemo-nos há uns anos quando eu organizei a "Tertúlia Lisboa dos Fanzines", mas entretanto o nº de telefone fixo que eu tinha dele já não responde, e por isso não sei onde é editado o fanzine, nem sei a data em que foi editado, porque esse pormenor não consta no zine).

Endereço electrónico:
http://www.ospositivos.com/

quarta-feira, outubro 07, 2009

Folha Volante - nºs 238 e 239- Outubro 2009


Uma banda desenhada de Vasco Martins, publicada originalmente na revista CAIS (nº143-Ag.09)

O artigo reproduzido na lado esquerdo des parte da frente do fanzine Folha Volante (lê-se bem após clicar em cima, peço desculpa a quem sabe) refere-se a uma editora online, a Bubok.pt, que, aparentemente, representa uma fácil maneira de qualquer candidato a escritor poder ser editado.
Quem, todavia, tem uma péssima opinião desta editora, e se baseia em dados concretos, é a bloguista Safaa Dib que, no seu blogue
http://retratos.wordpress.com/
disseca, em clarividente texto, as anomalias no funcionamento da Bubok, que, ao invés de ser uma iniciativa favorável a quem quer ser editado em livro, representa antes uma forma de ganhar dinheiro à custa dos incautos.
Eu reproduzi esta notícia no zine
Folha Volante, porque pensava que estava a fazer uma boa divulgação pelos habituais quarenta e tal "tertulianos" presentes na Tertúlia BD de Lisboa, ontem, dia 6. Mas, após ler o "post" (datado de 10 Set.)da Safaa Dib, peço-lhes o favor de também o lerem e fazerem o seu próprio juízo, já com uma dose de novas e bem baseadas informações.

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Quanto ao recorte afixado no lado direito do fanzine refere-se à actividade de Fernando Relvas, a viver na Croácia, e que tem sido editado pela Lulu, editora que funciona no sistema de POD-Print on Demand
http://www.lulu.com/
Pelos testemunhos e edições concretas de dois autores, Luís Peres, e, agora, Relvas, aqui temos uma editora online que merece toda a confiança. Ainda bem!


Interessante artigo de Manuel António Pina, em que se apresenta como esclarecido tintinófilo, fazendo a análise, entre outras coisas, das duas edições do episódio de Tintin no Congo que conhece.
in suplemento/revista do Jornal de Notícias, Notícias Magazine, 20 Set.09

Como tenho dito em vezes anteriores, apenas ultrapasso com este [fanzine] Folha Volante a ordem cronológica que costumo respeitar na reprodução dos restantes zines.
A razão é simples: sendo distribuído gratuitamente na Tertúlia BD de Lisboa, a sua função é a de divulgar informações relacionadas com banda desenhada, e bedês publicadas em datas recentes, é óbvio que um desfasamento temporal muito dilatado tornaria obsoletas as notícias (não as bedês, geralmente intemporais).
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Folha Volante Nºs 238 e 239
6 Outubro 09
Formato A4 - (Uma folha A4, de cor verde) fotocopiada frente e verso a p/b (*)
Fanzine aperiódico
Tiragem: 100 exemplares
Distribuição gratuita na Tertúlia BD de Lisboa
Editor: Geraldes Lino
Apartado 50273
1707-001 Lisboa

(*) Nota: A reprodução, neste caso, incidiu sobre as madres do fanzine, reproduzidas depois em papel verde, como se poderá ver em postagens anteriores

sexta-feira, outubro 02, 2009

Fandclassics - nº 2 - Jan. 08










Claro que este formato não dá gozo nenhum ver, mas ampliando as imagens, com um simples clic, que maravilha de desenhos surgem aos nossos olhos!

O facto de ter dois blogues, e ter de acumular material para ambos, provocou-me a ultrapassagem não propositada deste fanzine já editado no princípio do ano.
Lamento, porque ele trata de um autor (Milton Caniff) e de uma série ("Terry and the Pirates"), um conjunto superlativo da Banda Desenhada mundial (Caniff ficou também conhecido por Steve Canyon, estreada entre nós na revista Mundo de Aventuras, logo no seu primeiro número).
Terry e os Piratas era publicada semanalmente em tiras, uma por dia, e, como acontecia habitualmente, ao Domingo tinha direito a uma página a cores, as célebres "Sunday Page", ou "Sunday Suplement", que de certa maneira resumiam o que tinha sido publicado durante a semana.
O Fandclassics, que apresenta por subtítulo a frase "O fanzine do fanático dos grandes clássicos da BD" reproduz apenas as tiras diárias, a preto e branco, ao ritmo de quatro tiras por página, com uma reprodução não perfeita, mas suficentemente visíveis, enquanto que as legendas, escritas pelo próprio faneditor, usam fonte de maiúsculas de boa legibilidade.
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Fandclassics
Nº2

Data - Jan.08
Formato A4
Capa e contracapa a cores
Conteúdo: 62 páginas a cores
Editor - não indicado [José Pires]
Lisboa