fanzines de banda desenhada

sábado, dezembro 22, 2012

Efeméride #5


O fanzine Efeméride foi criado no invulgar formato A3 para homenagear personagens de banda desenhada criadas em tempos idos, e que foram atingindo, após o seu aparecimento - quer nos suplementos dominicais americanos, quer em revistas - um número redondo de anos: Little Nemo in Slumberland, de Winsor McCay, teve início em Outubro de 1905, o que deu azo à comemoração da efeméride dos cem anos, tendo eu editado o primeiro número do fanzine Efeméride em Outubro de 2005, com o título Sonhos de Nemo no Século XXI, cujas pranchas constituiram uma exposição patente no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora

O projecto desenvolveu-se com as obras Príncipe Valente no Século XXI (Nº 2 - Fevereiro 2007), Super-Homem no Século XXI (Nº3 - Junho 2008), Tintim no Século XXI (Nº4 - Junho 2009) e, finalizando a existência do fanzine, com o nº5 dedicado a Corto Maltese no Século XXI (*), no mês de Julho de 2012, quarenta e cinco anos depois do início da sua publicação, na revista italiana Sgt. Kirk, em Julho de 1967.

(*) Tal como acontecera com as pranchas do nº1, também as deste nº 5 deram azo a uma exposição, desta vez no Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, entre 26 de Maio e 10 de Junho de 2012.

As imagens que ilustram o topo do "post" referem-se a (de cima para baixo):

1) Capa do fanzine, de Regina Pessoa
2) Prancha do episódio "Cliché", de José Pedro Costa
3) Prancha do episódio "No séc. XXI? Aquilo já era esquisito no séc. XX", de Pedro Massano
4) Prancha do episódio "O Vazio", de Carlos Páscoa5) Prancha do episódio "Corto no Alentejo", de João Sequeira "JAS"(desenho), Luís Pedro Cruz (argumento)
6) Prancha do episódio "Os dois Pratts", de JCoelho (desenho), David Soares (argumento)
7) Prancha do episódio "Numa Praia da Linha", de Joana Afonso
8) Prancha do episódio "Corto Maltese e as Mulheres no Século XXI", de Ricardo Cabrita

Ficam aqui reproduzidas a capa e sete pranchas como mero "teaser" para os interessados em verem a totalidade das 43 que compõem o miolo do fanzine

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Para quem não conheça o zine, nem o venha a conhecer - a tiragem é de 150 exemplares apenas, e já só restam poucos - reproduzo o meu editorial:

Corto Maltese alter ego de Hugo Pratt

Há muitas semelhanças entre Hugo Pratt, autor de banda desenhada, e Corto Maltese, herói de papel por ele criado. É um facto detectado pelos especialistas e pelos leitores mais atentos.

Todavia, um pormenor importante os distingue. Enquanto que Hugo Eugenio Pratt, como qualquer mortal, nasceu apenas uma vez - em Rimini, Itália, a 15 de Junho de 1927 -, Corto Maltese nasceu duas vezes, por muito estranho que isso pareça, mesmo para uma personagem de BD.

A primeira foi quando o seu criador ficcional e gráfico lhe marcou, como data de nascimento, 10 de Julho de 1887. A segunda teve lugar no acto concreto da sua aparição comopersonagem de banda desenhada, no primeiro número da revista mensal italiana Sgt. Kirk, em Julho de 1967. É nessas páginas que se publicam as primeiras seis pranchas da novela gráfica Una Ballata del Mare Salato.

Quando Corto surge, a sua imagem não corresponde propriamente à de um herói: ele aparece amarrado a uma cruz decussata em cima de uma jangada que voga ao largo das ilhas Salomão, em pleno Oceano Pacífico. E representa, naquela obra seminal, o papel de mero figurante.
Para cúmulo, as suas origens que posteriormente se vêm a tornar conhecidas, também não são brilhantes nem têm especial dignidade: nasceu em La Valetta, na ilha de Malta, fruto de relação casual entre a cigana andaluza Niña de Gibraltar, prostituta, e um marinheiro inglês da Cornualha, de passagem ocasional por aquela ilha mediterrânica.

Quanto a semelhanças entre a personagem e o criador, nenhumas até aqui, obviamente. Na realidade, elas detectam-se ao compararem-se com as características nómadas do seu progenitor artístico - neste caso, o autor da ficção -, visto que Corto, sendo marinheiro de profissão, desempenhará, ao longo da saga, o papel de aventureiro errante, protagonista de peripécias em África, nas Caraíbas, no Brasil, na Rússia, na Irlanda, em Itália, mais concretamente em Veneza, cidade pela qual se sente da sua parte um subtil fascínio.

Aqui, a semelhança é flagrante. Pratt, embora nascido em Rimini, passou a infância e parte da juventude naquela belíssima cidade do Adriático, que sempre considerou como a sua verdadeira terra deorigem.
E, tal como Corto, também ele viajou muito, tendo vivido mesmo em diversos países -além do seu país de origem, onde viveu a infância, permaneceu durante algum tempo na Etiópia, mais tarde na Argentina, onde trabalhou bastante na BD, depois no Brasil (Baía, Amazónia), e finalmente na Suiça, onde terminou o seus dias, vitimado por cancro, a 20 de Agosto de 1995.

Outras características coincidentes entre autor e personagem: ambos são atraentes e volúveis.

Quanto a Pratt, a sua vida amorosa iniciou-se na adolescência quando vivia na Etiópia, com uma jovem etíope chamada Mariam. Depois desta foi Fernanda Brancati, mas também Erika, Leonora Schena, e várias outras namoradas, até chegar às três mulheres principais da sua vida: Gucky Wogerer, de origem jugoslava, com quem casará em veneza, em 1953 (de cujo casamento nasceram Lucas e Marina) e se divorciará em 1957; Gisela Dester, de origem alemã, que será sua assistente e companheira; e Anne Frognier, de origem belga, com quem teve um filho, Giona, e uma filha, Silvina. Mas também teve uma filha com uma mestiça brasileira da Baía, e a seguir, numa breve passagem de vinte dias pela Amazónia, onde viveu com os índios Xavantes, por lá ficou um filho seu.

No que diz respeito a Corto Maltese, ele é um dos mais charmosos heróis de papel, capaz de impressionar fortemente as mulheres com quem se cruza - Pandora, Morgana, Banshee O'Dannon, Louise Brookszowic, a "bela de Milão", "Pezinho de Prata", entre outras -, e torna-se evidente a sua atracção por algumas, mas jamais se fixará em qualquer delas.

Isto para que - como confidenciou Pratt numa entrevista - Corto se mantenha sempre disponível. Astuto enquanto ficcionista, o autor criou-lhe uma situação especial, a de estar fortemente ligado a um amor perdido, estratagema digno de um criador de génio.

Mas talvez para o mostrar sensível a uma certa nostalgia amorosa, Pratt inculcou-lhe uma bem humana reacção: a de não conseguir apagar da memória a recordação da jovem Pandora, que conhecera em 1913 - tinha ele vinte e seis anos - numa ilha do Pacífico.

Uma outra afinidade entre autor e personagem advém do facto de já muito divulgado de Pratt ser maçon. Em Fábula de Veneza, percebe-se que só alguém conhecedor das praxes maçónicas e dos seus secretismos, poderia incluir, logo na página inicial, certas palavras porventura habituais naquelas cerimónias (proferidas por um encapuçado): "em nome da maçonaria universal, sob os auspícios da Grande Loja de Itália".

Ora, enquanto personagem, Corto igualmente participa, embora acidentalmente, numa reunião de encapuçados maçons. E quando ele comenta "por certo os senhores são da Pitágoras", depreende-se que tem conhecimentos na matéria, mesmo que sendo apenas "o profano Corto Maltese", como lhe chama o "irmão Scarpetton", "Mestre Secreto".

Há ainda um aspecto que mostra como o autor se espelhou na própria personagem: é sabido que Pratt, na sua errante e bem preenchida juventude, chegou a cantar em festas. E Corto também gosta de cantar. Constata-se esse pormenor no episódio Concerto em O Menor para Harpa e Nitroglicerina, quando sai da sua boca um balão de fala cheio de notas musicais, acompanhadas dos versos: "Hoje sou um javali/Sou um rei forte/e vencedor/O meu canto e as minhas palavras eram gratas noutros tempos..."

Restarão dúvidas de que Corto é o alter ego de Pratt?

Geraldes Lino

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Autores das bandas desenhadas (desenhadores e argumentistas) por ordem alfabética:

Alice Geirinhas
Álvaro
Ana Madureira
André Ruivo
ARechena (Andreia Rechena, Dona Zarzanga)
Arlindo Fagundes
Carlos Páscoa
"Zíngr" (Carlos Zíngaro)
Daniel Lopes
David Campos
David Soares
Falcato (Miguel Falcato)
Ferrand (Ricardo Ferrand)
Filipe Abranches
J. Mascarenhas
JCoelho (Jorge Coelho)
Joana Afonso
João Chambel
João Sequeira (JAS)
José Lopes
José Pedro Costa
Lam (João Pedro Lam)
Luís Guerreiro
Luís Pedro Cruz
Machado-Dias
Marco Mendes
Maria João Careto
Mota (Pedro Mota)
Nazaré Álvares
Nuno Saraiva
Paulo Monteiro
Pedro Massano
Pedro Nogueira
Pepedelrey (Elpep)
Regina Pessoa
Renato Abreu
Ricardo Cabral
Ricardo Cabrita
Roberto Macedo Alves
Rui (Rui Pimentel)
Santo (Ricardo Santo, Ricardo Santo Machado)
Susa (Susa Monteiro, Susana Monteiro)
Tiago Baptista
Vasco Gargalo
Victor Mesquita.

Capa
Regina Pessoa

Contracapa
JCoelho / David Soares

Design e paginação: Jorge Silva
http://almanaquesilva.wordpress.com
http://livingdeadcovers.wordpress.com
jorge.silva@silvadesigners.com

Tiragem
150 exemplares

Editor
Geraldes Lino
http://divulgandobd.blogspot.com
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com
http://geraldeslino.interdinamica.pt
geraldes.lino (arroba) gmail.com
Apartado 50273
1707-001 Lisboa

Números editados anteriormente, títulos e datas de edição:

Nº 1 - Sonhos de Nemo no Século XXI (Homenagem pelos 100 anos de Little Nemo in Slumberland) - Data da edição: 15 de Outubro de 2005

Nº 2 - Príncipe Valente no Século XXI - Data da edição: 13 de Fevereiro de 2007

Nº 3 - Super-Homem no Século XXI - Data da edição: Junho de 2008

Nº 4 - Tintin no Século XXI - Data da edição: Janeiro de 2009

Notas do editor:
Estes quatro números foram impressos em quadricromia, contrariamente ao presente nº 5, a preto e branco.

Justificação da homenagem a Corto Maltese:
Entre Julho de 1967, data do aparecimento da personagem, e Julho de 2012, data da edição deste quinto número do fanzine Efeméride, medeiam 45 anos.
Em jeito de homenagem, quarenta e cinco autores (43 desenhadores e 2 argumentistas), inventaram novas peripécias, trazendo o herói para o século que decorre e, apesar de viajante compulsivo, fazendo-o visitar novas paragens, inclusive Portugal, onde o seu criador esteve várias vezes.
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quinta-feira, dezembro 06, 2012

Fanzines, Focos de Resistência - Tema: Artigos Sobre Fanzines (Os Meus Artigos)






No artigo intitulado "Fanzines, Foco de Resistência", que fica reproduzido abaixo, publicado inicialmente no fanzine Banda datado de Setembro de 1993, e que também já reproduzi na etiqueta "Fanzines Esses Desconhecidos", no meu outro blogue, o "Divulgando Banda Desenhada" -, falo apenas de fanzines de BD, que são aqueles que conheço bem, visto ter uma importante colecção que iniciei na década de 1970.
Do citado artigo, que dividi em duas partes, apenas registo aqui a que diz respeito em exclusivo a uma análise acerca deste tipo de magazines amadores.

Que fique claro o contraste entre fanzines de BD e revistas de BD: ao invés dos fanzines, entram na categoria de revistas de banda desenhada apenas as publicações comerciais/profissionais, lançadas por editoras legalizadas, que as editam com a finalidade de obterem lucro, a fim de cobrirem as despesas de edição - onde se inclui o pagamento aos autores colaboradores, um ponto fundamental para a classificação de revista.

As publicações editadas por editores não profissionais - ou seja, amadores, a nível individual, ou em grupo, ou mesmo em associações culturais sem fins lucrativos, que não pagam aos autores colaboradores, trabalhando estes pro bono -, eis os fanzines.

Reproduzo em seguida esse meu texto, escrito há quase vinte anos, mas que se mantém com suficiente actualidade.
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FANZINES, FOCO DE RESISTÊNCIA

Para análise do artigo anterior [dedicado à vida mais ou menos efémera das revistas de BD comerciais], conclui-se que seria natural o aparecimento de uma solução alternativa.

Assim se chega a esse fenómeno editorial amador, humilde mas activo componente da imprensa paralela que são os fanzines.

Editados em curtas tiragens, por apaixonados apreciadores de vários temas com aceitação relativamente restrita, fazem parte do fandom, abreviatura de origem americana pela qual passou a ser conhecido o domínio dos comic books e dos zines, onde se incluem os newzines, graphzines, slimzines e prozines.

Verifica-se, através deles, que a maioria dos bedéfilos mantém as suas justas exigências artísticas - quer como apreciadores, quer como autores - e também as suas necessidades de acesso à informação actualizada, permitindo que os fanzines se mantenham imprescindíveis, (1) enquanto activos e constantemente renovados suportes de BD.

Uma das suas facetas mais evidentes e positivas, é a de neles participarem vários estratos de bedéfilos: os que têm tendências artísticas, mas que não vêem quaisquer hipóteses de serem publicados de outra forma; os que gostam de escrever, quer se trate de argumentos, estudos ou críticas; por último, os que preferem ser editores, seja para divulgarem as suas próprias produções, seja para terem o prazer de publicar autores que conhecem e apreciam.

Em qualquer dos casos, vários nomes actualmente bem conhecidos no meio tiveram a sua estreia em fanzines.
Entre nós, as várias dezenas de fanzinistas que colaboram nas diversas vertentes, são de escalões etários diversos. No que concerne aos numerosos desenhadores - e também aos argumentistas, estes bem mais raros -, eles são bastante jovens, quase sem excepção.
Algo diferente é o panorama que abrange editores, críticos e estudiosos, onde é habitual encontrar considerável número de adultos.

Sabem todos os apreciadores de BD mais informados - em especial os fanzinéfilos e fanzinólogos - que os fanzines se dividem em três géneros: os que se dedicam em exclusivo à publicação de bandas desenhadas; os que são totalmente preenchidos por textos (estudos, críticas, biografias e noticiário); e os mistos, que englobam estas duas facetas.

O primeiro fanzine de que há memória foi o Giff-Wiff, (2) editado em França em 1962. Era de boa qualidade, e dedicava-se em especial à exegese da BD, mas também à informação.
Quer isso dizer, portanto, que a primeira necessidade sentida pelos faneditores pioneiros foi a de poderem publicar textos sobre a matéria.
É natural que assim tenha acontecido: estava-se num período de prosperidade editorial, havia suficientes revistas para publicar banda desenhada propriamente dita e, consequentemente, apenas se fazia sentir a falta de uma publicação que se dedicasse em exclusivo àquela nova tarefa.

Quanto ao que aconteceu por cá, dez anos mais tarde - o fandom português iniciou-se com o Argon, editado em Janeiro de 1972 - foi, nos seus começos, exactamente o oposto. Além de aspecto bastante artesanal, este iniciador do movimento fanzinístico em Portugal - há um anterior, o Melro, curioso caso de pioneirismo avant la lettre, embora mera iniciativa isolada e inconsequente - ocupava todas as suas páginas com bandas desenhadas de autores principiantes, sinal de que era aí que doía. Ou seja:os jovens sentiram a necessidade de um espaço permissivo onde pudessem publicar as primeiras tentativas. Todavia, no seu quarto e último número, o Argon passava também a incluir notícias e artigos, diversificando o seu conteúdo.

Daí por diante, o panorama fanzinístico nacional continuou por trilhos semelhantes, apenas sendo de realçar o nível gráfico alcançado por alguns dos títulos publicados, ou a sua longevidade.
Mas, com maior ou menor qualidade, mais ou menos longa duração, todos os fanzine têm tido uma luta comum: a de constituirem campos de ensaio abertos a vários tipos de experiências gráficas, a novos ensaísta, críticos e estudiosos, e até - embora esporadicamente, já aconteceu - a provocarem o surgimento de editores amadores.

Numa época eminentemente recessiva, no que à BD se refere, é indubitável que os fanzines dão azo a que se mantenha em actividade grande número de quadradinhófilos - termo aplicável a quem prefere a tradicional denominação de histórias aos quadradinhos - que facilitam a divulgação de novos valoresnas diversas áreas, e permitem o aperfeiçoamento das já existentes.

Em última análise, é graças aos fanzines que o meio bedéfilo permanece vivo, e se vai alargando de Norte a Sul do país.
Pode acontecer que, chegados a certo ponto, se depare aos fanzinistas a impossibilidade de atingir a meta ambicionada: a publicação das suas bandas desenhadas, estudos, ensaios ou críticas em revistas profissionais, pelo simples facto da sua inexistência.

Mas enquanto existirem fanzines, haverá onde coninuar a albergar as produções artísticas e literárias de todos os bedéfilos, jovens ou menos jovens.
Com a sua vitalidade e, algumas vezes, irreverência, os fanzines significam, no mínimo, um permanente ponto de encontro e conhecimento mútuo dos bedéfilos.
E é possível que possam vir a constituir, em desespero de causa, um último e constantemente renovado foco de resistência e sobrevivência da banda desenhada.(3)

Notas
(1) Esta afirmação, que era pertinente em 1993, deixou de o ser nesta última década. Já não há publicações em papel, amadoras ou profissionais, imprescindíveis. Mesmo as francesas e as espanholas vão desaparecendo umas após outras, tal como também acontece com os jornais. Para o bem e para o mal, existe a Internet.

(2) Posteriormente obtive informação acerca do fanzinato nos Estados Unidos da América, e concluí que, afinal, tinham sido faneditores americanos a editarem os primeiros fanzines, tendo sido também lá que se criou esse neologismo em 1940, por um tal Louis Russel Chauvenet.

Por conseguinte, aproveito para corrigir e actualizar aquela informação:
O primeiro de todos os fanzines foi dedicado à Ficção Científica e teve por título Cosmic Stories, editado em 1929 por um jovem chamado Jerome (Jerry) Siegel, que, como é sabido por todos os que lerem estas notas, haveria de ser um famoso argumentista, tanto quanto o herói Super-Homem para o qual iria escrever múltiplos argumentos para o seu amigo Joe Shuster desenhar.

Quanto ao primeiro fanzine dedicado à BD foi o Fantasy World (mais tarde com o título mudado para Phantasy World) começado a editar por David A. Kyle, em Fevereiro de 1936.

(3) Quando escrevi isto devia estar muito optimista.

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