fanzines de banda desenhada

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Feira Morta - Mais uma ressurreição


A Feira Morta vai ressuscitando periodicamente, e isso é bom.

É muito bom mesmo, porque dá oportunidade a mais um fim-de-semana dedicado à meritória e indispensável edição de autor.

Aliás, os organizadores do evento - de que o mais saliente se apresenta pelo pseudónimo de "Sar" - têm bons apoios, e é num deles, a ACM-Associação Cultura no Muro, que se vai realizar mais uma edição da Feira Morta (agora Feira Morta 2k16 A.D.) que está bem viva e recomenda-se.

Para a divulgação do programa, reproduzo o texto que me foi enviado pelo jovem amigo Sar. Ei-lo:


Como sempre, estarão presentes artistas e editores, autores de fanzines, de revistas, comics, cadernos, de ilustrações, cassetes, vinyl, discos e de outros objectos de cariz artístico-bizarro, para falar dos seus trabalhos e apresentar as edições mais recentes do djet da edição independente.

Os DeathGigs, concertos de música exploratória e de ponta. Numa edição que se quer preenchida são seis os projectos que sobem ao palco da SMUP, a ver: as sombrias paisagens sonoras de Far Warmth; Marta Sales acompanhada de Elisa Pône e Rodrigo Dias num espectáculo trans-disciplinar que alia som e live animation; as viagens celestiais de Jejuno; o imprevisível dinamismo dos dinamarqueses brynje 1og2; e ainda Verme e Bleandant, dois nomes notáveis do colectivo-label a Besta.




Workshops para todas as idades: Para os mais pequenos, no Sábado há a Oficina das "Pequenas Criaturas” e no Domingo faz-se um livro de BD de raiz no workshop “Da Ideia ao Livro”. Nos dois dias Rafael Dionísio ministra o “workshot de escrita criativa “Experiências e Ficções"  direccionado a todos os que tenham a faculdade da escrita.

A vídeo-arte estará em emissão ininterrupta no DeathScreening, garantindo a maturação das pupilas e uma dose saudável de lavagem cerebral.

 Num universo que se crê, cada vez mais, relativo, incerto e provavelmente multi-dimensional, a Feira Morta permanece um espaço/tempo em que a edição de autor e as práticas DIY são o cerne de um todo maior que a soma das partes. Nesse sentido, convida todos os entes a integrar esta festividade e a experienciar directamente a maravilhosa realidade da auto-edição.

"Que ele viva, seja próspero e saudável"

FEIRA MORTA 2K16

ACM - Associação Cultura No Muro
SMUP
Rua Marquês de Pombal 319, 2775 - 265 Parede
Lisboa, Portugal

Etiquetas: ,

domingo, janeiro 17, 2016

BD nos fanzines - Lesbianismo, Super-Heroínas e Super-Vilãs


Poucos são os autores portugueses  de BD que tenham ousado criar bandas desenhadas com enfoque no lesbianismo.

Nem que fosse apenas por esse atrevimento, a banda desenhada "Highlights of Heaven" já mereceria consideração. 

Mas, para além disso, a qualidade invulgar dos desenhos, em que sobressai o domínio das formas do corpo feminino e a beleza dos rostos, faz elevar o nível de apreço pelo seu autor, que assina simplesmente Zé Francisco, um desenhador/autor de BD praticamente desconhecido do grande público, e até mesmo de muitos entusiastas conhecedores de BD.

Claro que nesta crítica cabe igualmente um elogio ao argumentista/guionista Véte (aliás, também desenhador), cuja mente congeminou esta trama simples e com laivos de humor, bem detectáveis desde logo pelas sugestivas alcunhas com que se apresentam as personagens,"velhacona" a super-vilã, "boazona" a super-heroína.

A publicação da inusitada peça deu-se no Tertúlia BDzine, um fanzine iniciado na Tertúlia BD de Lisboa em Janeiro de 1992, já com a presença editorial mais numerosa do fanzinato português, visto que atingiu o nº183 em Outubro do corrente ano de 2015. 

Ficha técnica
Tertúlia BDzine
Nº102 - Abril 2006
Formato A4 - Miolo: 4 páginas a preto-e-branco
Tiragem: 500 exemplares (editados em "tranches" de 50)
Distribuição gratuita na Tertúlia BD de Lisboa
Editor: Geraldes Lino
Apartado 50273
1707-001 Lisboa    

Etiquetas: , , ,