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Capa do fanzine
Boletim do Clube Português de Banda Desenhada, elaborada sobre desenho de
Carlos Alberto para
O Combate de Pembe
Os textos das legendas de todas estas páginas de revistas antigas de BD ficam visíveis quando ampliadas. E como sabem os mais experientes, basta um simples clic em cima das imagens
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Quatro pranchas da bd
Reconquista de Angola, realizada por
Vitor Péon para a [revista]
Mundo de Aventuras nos anos 1950, um dos seus períodos mais fecundos e onde se mostrava possuidor de todos os seus atributos - facilidade no desenho e grande expressividade.
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Em cima:
Chaimite, banda desenhada reproduzida na [revista]
Cavaleiro Andante, em 1955, teve autoria de
Fernando Bento, de que aqui se mostram duas pranchas.
O Combate de Pembe, apresentado na primeira página/capa da revista
Mundo de Aventuras (nº367 de 23/8/1956), com a frase "Um episódio heróico da nossa História com a aventura empolgante de João Roby", e mais duas pranchas, teve autoria de
Carlos Alberto.
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Capa da revista
Diabrete (nº 875, de 17/11/1951)
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Três pranchas da bd intitulada
O Ponto. Novas aventuras por causa de uma talhada de melão, da autoria de
Fernandes Silva, publicadas na revista
Diabrete.
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Capa da revista
Camarada que é também a prancha inicial da bd
Perigo na Selva, por
Eugénio Roque
Perigo na Selva, banda desenhada por
Eugénio Roque, (in
Camarada nº 17-7º Ano-2ª série- 22/8/1964), autor de assinalável talento que não chegou a alcançar a nomeada do irmão
Carlos Roque, talvez por este, mais velho, ter decidido emigrar para a Bélgica, onde foi colaborador da
Spirou. Eugénio, a dominar o estilo semi-realista, tinha também boa capacidade ficcional, como demonstrava este episódio em quatro pranchas.
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Prancha inicial da bd
Matei-o a 24, da autoria de
Victor Mesquita (desenho) e
Machado da Graça (argumento), publicada parcialmente na revista
Visão (início no nº 1 - 1 de Abril de 1975). O motivo de esta prometedora banda desenhada ter ficado incompleta deveu-se ao facto de ter havido uma espécie de sublevação interna e Victor Mesquita, director da revista e, na época, próximo do PCP, ter sido forçado a largar o cargo e terminado a colaboração, deixando incompletos os episódios
Matei-o a 24 e
Eternus 9 Um Filho do Cosmos.
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O estudo da autoria de
Fernando Cardoso, a que deu o título de
Expansão Portuguesa nas H.Q., compõe-se de um extenso texto (11 páginas) devidamente ilustrado, quer com imagens de bandas desenhadas ilustrativas do teor do texto, quer com fotografias de personalidades em foco no tema (a de
Henrique Galvão, que se pode ver na imagem acima, é uma delas), e até reprodução de páginas de revistas (
Vida Mundial, por exemplo)
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Capa desenhada por
Júlio Gil para a revista
Camarada (nº1 do 7º Ano - 2ª série - 11/1/1964), onde é apresentada mais uma aventura de
Chico, um dos poucos heróis da BD portuguesa com acção em diversas aventuras.
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Em cima: três pranchas da bd
O Chico e o Espírito de Fogo, da autoria de
Júlio Gil, publicada na revista
Camarada (nº 1 - 7º Ano - 2ª série - 11 Jan. 1964). Para quem viveu em Angola e conhece bem Luanda, a imagem da prancha inicial terá com certeza um fascínio especial, ainda mais por representar a baía daquela cidade na década de 1960, com os edifícios bem desenhados por um autor de BD que era arquitecto.
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Prancha inicial da bd
Angola 1971, de
Pedro (como então assinava
Pedro Massano), publicada originalmente na revista
Visão (nº 7, de 10/10/1975) Não se pode afirmar que o Clube Português de Banda Desenhada exista, em termos legais e oficiais. Não há corpos gerentes, não há sócios nem quotas, o único sinal de existência daquela colectividade amadora é o seu fanzine, editado por dois antigos sócios -
Paulo Duarte e
Fernando Cardoso -, que têm prazer em poder escrever sobre temas que lhes interessam, e para isso aproveitam o Boletim do clube para o fazer. E a verdade é que o fazem com qualidade, escolhendo temáticas inexploradas, beneficiando do facto de não terem limitações de espaço - o Boletim varia de número de páginas consoante o critério dos coordenadores -, nem de verbas - a tiragem é limitada tendo em conta os sócios (enfim, os que foram sócios...) ineressados e mais uns exemplares que os coordenadores decidiram oferecer a algumas entidades (Biblioteca Nacional de Portugal, Bedeteca de Lisboa, CNBDI da Amadora). O presente número 125, a que aqui estou a fazer referência, engloba o terceiro e último capítulo do tema Expansão Portuguesa nas HQ (a expressão adoptada pelos coordenadores tendeu para Histórias aos Quadradinhos, em detrimento de Banda Desenhada, algo que subtilmente parece depreciar a própria nomenclatura da colectividade em nome da qual editam o Boletim). As bandas desenhadas foram seleccionadas, tal como as dos dois números anteriores dedicados ao tema, de diversas revistas portuguesas de BD, e, naturalmente, de um naipe variado de autores, nomeadamente
Vítor Péon, Fernando Bento, Carlos Alberto, Eugénio Roque, Fernandes Silva, Victor Mesquita, Pedro Massano. ---------------------------------------------------
Boletim do Clube Português de Banda Desenhada Nº 125 - Setembro 08 Formato A4 - 104 páginas Editor: Clube Português de Banda Desenhada Lisboa Coordenadores: Fernando Cardoso e Paulo Duarte Arranjo gráfico: Fernando Cardoso Há duas edições: Uma, toda a cores, de apenas 7 exemplares, com destino pré-estabelecido (preço não fixo, dependendo do número de páginas, mas a rondar €50); outra, toda a preto e branco, em 31 exemplares, também já pré-destinados para entidades oficiais, e alguns interessados, antigos sócios do CPBD.
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