Evasão! Zine - #1 - Jan. 2008
Acabo aqui a lista dos fanzines editados em 2008 de que tive conhecimento.
No que se refere a este "Evasão! Zine", um fanzine misto dedicado essencialmente à música, mas que também inclui duas bandas desenhadas e algumas ilustrações, deixei-o para o fim pelo facto de ter de escrever, mais uma vez, acerca do erróneo, recente e recorrente uso do feminino para este tipo de publicações amadoras.
No que se refere a este "Evasão! Zine", um fanzine misto dedicado essencialmente à música, mas que também inclui duas bandas desenhadas e algumas ilustrações, deixei-o para o fim pelo facto de ter de escrever, mais uma vez, acerca do erróneo, recente e recorrente uso do feminino para este tipo de publicações amadoras.
No texto "Agradecimentos", lê-se:
Gonçalo Nobre agradece: Joana Gomes, Bárbara Fonseca, Rafael Silva (...) e todos os que participaram na 'zine (...) e finalmente ao Manel pela sua amizade e companheirismo, sem o qual esta fanzine nunca teria sido possível.
Gonçalo Nobre agradece: Joana Gomes, Bárbara Fonseca, Rafael Silva (...) e todos os que participaram na 'zine (...) e finalmente ao Manel pela sua amizade e companheirismo, sem o qual esta fanzine nunca teria sido possível.
E no Editorial:
(...) Vemos aqui concretizada uma ideia que já vem de há muito, a de criar uma fanzine.
Começou com conversas acerca da vontade de produzir uma publicação do género, e de palavras passou-se a actos.
A realização desta iniciou-se quando nos ocorreu a palavra "evasão" (...) Pensámos neste conceito para a nossa fanzine pela Arte ser uma forma recorrente de evasão para os artistas que a produzem (...)
(...) Vemos aqui concretizada uma ideia que já vem de há muito, a de criar uma fanzine.
Começou com conversas acerca da vontade de produzir uma publicação do género, e de palavras passou-se a actos.
A realização desta iniciou-se quando nos ocorreu a palavra "evasão" (...) Pensámos neste conceito para a nossa fanzine pela Arte ser uma forma recorrente de evasão para os artistas que a produzem (...)
Na parte onde é Manuel Simões que agradece, inclui-se o nome de André Carrilho, notável caricaturista, mas não consegui perceber onde é que ele colaborou. Também menciona os nomes de Luís Futre (que conheço), mas não há referência a João Cabaço (também conheço) e que fez uma muito boa ilustração (pena que não tenha feito uma bd).
Vê-se que o fanzine foi feito por pessoas com bom nível cultural, mas que só esporadicamente contactarão com os fanzines e com a banda desenhada, neste último caso porque escrevem "albúm" em vez de álbum, o que denuncia pouco contacto com um vocábulo tão usual na BD (mas também na música)...
Mas aqui na Música, sim, percebe-se que sabem claramente da matéria. As entrevistas que fazem a músicos de bandas são disso exemplo, o que se pode verificar pelos curtos excertos que vou apresentar:
Au Revoir Simone
As Au Revoir Simone são três raparigas de Brooklyn em Nova Iorque apaixonadas pelos seus teclados e pela música que fazem. Editaram em 2007, depois do fabuloso EP "Verses of Comfort, Assurance and Salvation", o primeiro longa duração "The Bird of Music", uma das apostas da EVASÃO!
Recentemente estiveram a promovê-lo em dois excelentes concertos no nosso país, completamente esgotados.
Quando enviámos o convite para serem entrevistadas, para o nosso primeiro número, não estávamos nada à espera que nos respondessem, mas achámos que não custava nada tentar. Para nossa surpresa recebemos uma resposta afirmativa, uma hora depois! Aqui está o resultado da conversa que tivemos o prazer de ter com a Annie Hart das Au Revoir Simone.
Entrevista: Manuel Simões
Tradução: Manuel Simões e Isabel Sanches
EVASÃO! - Primeiro que tudo, como e quando se conheceram e começaram a fazer música?
Annie - A Erika tocava na banda do meu marido, os Dirty on Purpose. Por acaso até estou no vestiário deles agora. Demo-nos tão bem que ele quis que tocássemos teclados juntas. Foi tão divertido!
A Heather juntou-se logo que soube do projecto e divertimo-nos imenso.
E! - Como surgiu e porquê o nome "Au Revoir Simone"?
A - Vejam o filme "Pee-Wee's Big Adventure".
E! - Qual o processo de criação das vossas canções e o que vos inspira na construção das mesmas?
A - Quando escrevo canções elas simplesmente acontecem, saem-me naturalmente. Ambas surgem da minha boca ou das minhas mãos. É óptimo quando isso acontece. O resto é edição e memorização.
E! - De que falam as vossas letras? Que mensagem pretendem transmitir com elas?
A - Gosto que as letras sejam vagas para que os ouvintes possam interpretar o que querem delas.
(...)
Texto de apresentação e entrevista, desta vez com os Norton, de que reproduzirei brevíssimo excerto. Passo a citar:
NORTON
Rodolfo Matos, Pedro Afonso, Leonel Soares e Alexandre Rodrigues formam os Norton. No início de 2007 lançaram "Kersche", o segundo disco de originais, onde nos levam numa doce viagem indie pop, complementada de adereços electrónicos e de paisagens gélidas. Para além disso, vincam a sua sonoridade cada vez mais madura e própria, provando que se continua a fazer música de geração de grande qualidade no interior do nosso país.
Esta é uma conversa entre amigos de longa data. De Castelo Branco para o mundo, apresento-vos os Norton.
www.nortonmusic.net
www.myspace.com/norton
EVASÃO! - Qual o balanço que fazem de 2007, após o lançamento do vosso segundo albúm (sic) "Kersche"?
Leonel - É um balanço positivo, conseguimos atingir alguns dos objectivos que tínhamos falado na altura em que estávamos em pré-produção do disco. Rodámos bastante este disco ao vivo, fizemos alguma promoção do disco e colhemos alguns frutos desse trabalho.
(...)
E! - O disco vai ter uma edição japonesa pelo selo da Say Hello To Never. Como surgiu esta oportunidade e que vai conter para além da edição original?
Rodolfo - Surgiu da maneira mais normal hoje em dia, por e-mail! O A&R deles, ao contrário do que passa em Portugal, anda pela Internet à procura de novas bandas e foi no nosso myspace que nos conheceu, ficaram interessados e entraram em contacto connosco.
Vai ter três remixes exclusivos vindos de Inglaterra e Alemanha a anunciar brevemente, e vai ter também as letras no booklet em inglês e japonês.
(...)
Evasão! Zine
#1 Estreia
Formato A5
Capa em papel "kraft", ilustrada por montagem (boa) de Moal
Miolo com 40 páginas, a preto e branco
Tiragem: 75 exemplares
1ª edição: Janeiro 2008
Editado por:
Manuel Simões
[anorakispo@gmail.com]
Gonçalo Nobre
[easter_island_moal@hotmail.com]
[evasaozine@htmail.com]
www.myspace.com/evasaozine
Mas aqui na Música, sim, percebe-se que sabem claramente da matéria. As entrevistas que fazem a músicos de bandas são disso exemplo, o que se pode verificar pelos curtos excertos que vou apresentar:
Au Revoir Simone
As Au Revoir Simone são três raparigas de Brooklyn em Nova Iorque apaixonadas pelos seus teclados e pela música que fazem. Editaram em 2007, depois do fabuloso EP "Verses of Comfort, Assurance and Salvation", o primeiro longa duração "The Bird of Music", uma das apostas da EVASÃO!
Recentemente estiveram a promovê-lo em dois excelentes concertos no nosso país, completamente esgotados.
Quando enviámos o convite para serem entrevistadas, para o nosso primeiro número, não estávamos nada à espera que nos respondessem, mas achámos que não custava nada tentar. Para nossa surpresa recebemos uma resposta afirmativa, uma hora depois! Aqui está o resultado da conversa que tivemos o prazer de ter com a Annie Hart das Au Revoir Simone.
Entrevista: Manuel Simões
Tradução: Manuel Simões e Isabel Sanches
EVASÃO! - Primeiro que tudo, como e quando se conheceram e começaram a fazer música?
Annie - A Erika tocava na banda do meu marido, os Dirty on Purpose. Por acaso até estou no vestiário deles agora. Demo-nos tão bem que ele quis que tocássemos teclados juntas. Foi tão divertido!
A Heather juntou-se logo que soube do projecto e divertimo-nos imenso.
E! - Como surgiu e porquê o nome "Au Revoir Simone"?
A - Vejam o filme "Pee-Wee's Big Adventure".
E! - Qual o processo de criação das vossas canções e o que vos inspira na construção das mesmas?
A - Quando escrevo canções elas simplesmente acontecem, saem-me naturalmente. Ambas surgem da minha boca ou das minhas mãos. É óptimo quando isso acontece. O resto é edição e memorização.
E! - De que falam as vossas letras? Que mensagem pretendem transmitir com elas?
A - Gosto que as letras sejam vagas para que os ouvintes possam interpretar o que querem delas.
(...)
Texto de apresentação e entrevista, desta vez com os Norton, de que reproduzirei brevíssimo excerto. Passo a citar:
NORTON
Rodolfo Matos, Pedro Afonso, Leonel Soares e Alexandre Rodrigues formam os Norton. No início de 2007 lançaram "Kersche", o segundo disco de originais, onde nos levam numa doce viagem indie pop, complementada de adereços electrónicos e de paisagens gélidas. Para além disso, vincam a sua sonoridade cada vez mais madura e própria, provando que se continua a fazer música de geração de grande qualidade no interior do nosso país.
Esta é uma conversa entre amigos de longa data. De Castelo Branco para o mundo, apresento-vos os Norton.
www.nortonmusic.net
www.myspace.com/norton
EVASÃO! - Qual o balanço que fazem de 2007, após o lançamento do vosso segundo albúm (sic) "Kersche"?
Leonel - É um balanço positivo, conseguimos atingir alguns dos objectivos que tínhamos falado na altura em que estávamos em pré-produção do disco. Rodámos bastante este disco ao vivo, fizemos alguma promoção do disco e colhemos alguns frutos desse trabalho.
(...)
E! - O disco vai ter uma edição japonesa pelo selo da Say Hello To Never. Como surgiu esta oportunidade e que vai conter para além da edição original?
Rodolfo - Surgiu da maneira mais normal hoje em dia, por e-mail! O A&R deles, ao contrário do que passa em Portugal, anda pela Internet à procura de novas bandas e foi no nosso myspace que nos conheceu, ficaram interessados e entraram em contacto connosco.
Vai ter três remixes exclusivos vindos de Inglaterra e Alemanha a anunciar brevemente, e vai ter também as letras no booklet em inglês e japonês.
(...)
Evasão! Zine
#1 Estreia
Formato A5
Capa em papel "kraft", ilustrada por montagem (boa) de Moal
Miolo com 40 páginas, a preto e branco
Tiragem: 75 exemplares
1ª edição: Janeiro 2008
Editado por:
Manuel Simões
[anorakispo@gmail.com]
Gonçalo Nobre
[easter_island_moal@hotmail.com]
[evasaozine@htmail.com]
www.myspace.com/evasaozine
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Imagens que ilustram o "post", de cima para baixo:
1) Capa do fanzine
2) Moai Kid é o pseudónimo do autor desta bd autoconclusiva
3 e 4) Uma bd em duas pranchas de Tiago Baptista
5) Excelente ilustração de João Cabaço (que também já editou um fanzine e é ilustrador autor de BD)
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Como se vê, os responsáveis editoriais deste fanzine escrevem sempre " a fanzine", "a zine".
Eu sei que, efectivamente, muitos falantes jovens passaram a dizer e a escrever "a fanzine", de há uns quinze anos a esta parte - creio que influenciados por textos em fanzines de música, e este Evasão! Zine, mais um exemplo, é feito por melómanos -, foi neles que me apercebi pela primeira vez desta distorção linguística.
Todavia, os falantes mais velhos - justamente aqueles que introduziram o vocábulo na língua portuguesa - dizem e escrevem "o fanzine".
A justificação para tal discrepância dever-se-á ao facto de se tratar de um neologismo, afectado pelo generalizado desconhecimento da etimologia da palavra, e por ter demorado mais de vinte e cinco anos a ter entrada nos dicionários.
Enquanto estudioso do fenómeno fanzinístico - assim geralmente me consideram no especializado meio da BD, e sou co-autor do livro "Dédalo dos Fanzines" -, bem como atento às especificidades da Língua Portuguesa, visto que sou revisor ortográfico (amador), há anos que procurava encontrar o vocábulo introduzido em algum dos nossos dicionários, até que, em Maio de 1998, na 8ª edição do Dicionário de Lingua Portuguesa da Porto Editora - até ver, a maior editora de dicionários (em papel) no nosso país -, encontrei finalmente o verbete que tanto procurava:
fanzine s.m. [neol.] revista periódica publicada geralmente por jovens amadores sobre temas como a banda desenhada, o cinema, a música ou a ficção científica (do ing. fanzine [de fan magazine])
Na edição de 2009 sob chancela da mesma editora - que adquiri por curiosidade em relação ao acordo ortográfico - notei a seguinte ligeira diferença: em vez de "substantivo masculino" (s.m.), passou a ser "nome masculino" (n.m.)
fanzine n.m. (repito: o termo substantivo foi substituído por nome)
Enquanto estudioso amador da nossa língua, comprei igualmente o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa - editado em 2002 pelo Círculo de Leitores -, geralmente considerado como o mais correcto dicionário lusófono, e lá está:
fanzine s.m. (1949) revista para fãs (...)
Também no espaço virtual do Ciberdúvidas o neologismo está referido, mas nota-se que se limitaram a citar o Dicionário da Porto Editora, dizendo que a palavra fanzine está nele classificado como substantivo masculino e, recentemente, no Dicionário Priberam, lá consta o género masculino do vocábulo.
Baseando-me na minha colecção fanzinística, provavelmente a maior existente no nosso país, iniciada em 1972, Ano I dos fanzines portugueses, onde se inclui o pioneiro Argon, editado em Janeiro de 1972, acompanhado de um folheto onde se lia: "Este fanzine é uma revista", sendo que o sinónimo feminino não lhe afectava o género masculino.
Pela parte que me toca - tenho falado e escrito acerca do tema em variados locais - posso acrescentar que o facto de estar a ser deturpado o género desse tipo de publicações amadoras terá a ver com uma triste realidade: uma recente estatística europeia concluiu que Portugal é o país da Europa com mais elevados índices de analfabetismo e iliteracia.
Será talvez por isso que enquanto em França se diz e escreve "un fanzine, le fanzine", em Espanha se diz e escreve "el fanzine" (em castelhano", e "o fanzine" em galego), bem como no português do Brasil o género é igualmente masculino, por cá está a acontecer este fenómeno negativo e inexplicável, que combato persistentemente.
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Como se vê, os responsáveis editoriais deste fanzine escrevem sempre " a fanzine", "a zine".
Eu sei que, efectivamente, muitos falantes jovens passaram a dizer e a escrever "a fanzine", de há uns quinze anos a esta parte - creio que influenciados por textos em fanzines de música, e este Evasão! Zine, mais um exemplo, é feito por melómanos -, foi neles que me apercebi pela primeira vez desta distorção linguística.
Todavia, os falantes mais velhos - justamente aqueles que introduziram o vocábulo na língua portuguesa - dizem e escrevem "o fanzine".
A justificação para tal discrepância dever-se-á ao facto de se tratar de um neologismo, afectado pelo generalizado desconhecimento da etimologia da palavra, e por ter demorado mais de vinte e cinco anos a ter entrada nos dicionários.
Enquanto estudioso do fenómeno fanzinístico - assim geralmente me consideram no especializado meio da BD, e sou co-autor do livro "Dédalo dos Fanzines" -, bem como atento às especificidades da Língua Portuguesa, visto que sou revisor ortográfico (amador), há anos que procurava encontrar o vocábulo introduzido em algum dos nossos dicionários, até que, em Maio de 1998, na 8ª edição do Dicionário de Lingua Portuguesa da Porto Editora - até ver, a maior editora de dicionários (em papel) no nosso país -, encontrei finalmente o verbete que tanto procurava:
fanzine s.m. [neol.] revista periódica publicada geralmente por jovens amadores sobre temas como a banda desenhada, o cinema, a música ou a ficção científica (do ing. fanzine [de fan magazine])
Na edição de 2009 sob chancela da mesma editora - que adquiri por curiosidade em relação ao acordo ortográfico - notei a seguinte ligeira diferença: em vez de "substantivo masculino" (s.m.), passou a ser "nome masculino" (n.m.)
fanzine n.m. (repito: o termo substantivo foi substituído por nome)
Enquanto estudioso amador da nossa língua, comprei igualmente o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa - editado em 2002 pelo Círculo de Leitores -, geralmente considerado como o mais correcto dicionário lusófono, e lá está:
fanzine s.m. (1949) revista para fãs (...)
Também no espaço virtual do Ciberdúvidas o neologismo está referido, mas nota-se que se limitaram a citar o Dicionário da Porto Editora, dizendo que a palavra fanzine está nele classificado como substantivo masculino e, recentemente, no Dicionário Priberam, lá consta o género masculino do vocábulo.
Baseando-me na minha colecção fanzinística, provavelmente a maior existente no nosso país, iniciada em 1972, Ano I dos fanzines portugueses, onde se inclui o pioneiro Argon, editado em Janeiro de 1972, acompanhado de um folheto onde se lia: "Este fanzine é uma revista", sendo que o sinónimo feminino não lhe afectava o género masculino.
Pela parte que me toca - tenho falado e escrito acerca do tema em variados locais - posso acrescentar que o facto de estar a ser deturpado o género desse tipo de publicações amadoras terá a ver com uma triste realidade: uma recente estatística europeia concluiu que Portugal é o país da Europa com mais elevados índices de analfabetismo e iliteracia.
Será talvez por isso que enquanto em França se diz e escreve "un fanzine, le fanzine", em Espanha se diz e escreve "el fanzine" (em castelhano", e "o fanzine" em galego), bem como no português do Brasil o género é igualmente masculino, por cá está a acontecer este fenómeno negativo e inexplicável, que combato persistentemente.
E devo dizer que, felizmente, tenho conseguido convencer muita gente, em especial aquelas pessoas de maior nível cultural, que se apercebem da razoabilidade dos meus argumentos, alicerçados em bases bem concretas: um fanzine é um magazine amador, cujo vocábulo neologístico surgiu pela contracção da palavra fã (fan, neste caso) com a última sílaba de magazine.
Para finalizar: admito que, em casos pontuais de algumas pessoas, o erróneo conceito terá simplesmente a ver com o desconhecimento da história e da etimologia deste tipo de publicações amadoras (o que, muito provavelmente, terá sido o que aconteceu com os faneditores deste fanzine, dado o bom nível cultural que apresentam nos restantes textos).
Para finalizar: admito que, em casos pontuais de algumas pessoas, o erróneo conceito terá simplesmente a ver com o desconhecimento da história e da etimologia deste tipo de publicações amadoras (o que, muito provavelmente, terá sido o que aconteceu com os faneditores deste fanzine, dado o bom nível cultural que apresentam nos restantes textos).
Aliás, aqui no blogue,já tinha focado esta distorção linguística, ao comentar (no "post" de Jan. 23, 2006, que ilustrei com imagens exemplificativas do uso do género masculino em diversos idiomas) o fanzine Aquinocanto - que inclui conteúdo gráfico de excelente qualidade, a começar pela capa de João Rubim -, mas que continha a dita anomalia.
9 Comentários:
viva, quando estará finalmente disponível uma qualquer edição do dédalo dos fanzines? obrigado. m. cumps.
dá-le Lino!
M
"Erradiador"
Esse livro Dédalo dos Fanzines está esgotado. Estava prevista uma nova edição, corrigida e actualizada.
Mas fomos dois os que o escreveram e editaram e, por motivos que não interessa esmiuçar em público, tornou-se inviável esse projecto.
Já agora, uma pergunta minha: qual é o quadrante em que se integra o "erradiador"? Leitor, coleccionador ou editor (faneditor)?
Saudações fanzinísticas.
GL
dou-les sempre, caro amigo mmmmnnnnrrrg.
E, felizmente, tenho conseguido convencer umas tantas pessoas, inclusive gente que até dá cursos no Norte e que estaria nesta altura a disseminar o vírus da alteração errónea e injustificável por dezenas de alunos. Vírus esse que já tinha chegado aos Açores, e que consegui erradicar graças ao meu anti-vírus pessoal, e à compreensão e cultura das pessoas com quem falei.
Mas julgo que tu tb te associas a mim, neste caso específico, visto estares num lugar público e de responsabilidade na matéria, e até fazes "workshops".
Abraço.
GL
viva novamente,
antes de mais obrigado pela resposta, embora não tenha adiantado nada de novo... tentei, sem sucesso, adquirir o dédalo logo q foi publicado, mas a edição deve ter sido tão escassa q esgotou de súbito. e é uma pena q esteja indisponível.
respondendo à questão colocada - leitor omnívoro e coleccionador compulsivo. m.cumps.
Viva (curioso, é uma saudação qtb costumo usar), "Erradiador".
Li a sua resposta, e fiquei com curiosidade em falar consigo por email.
Pode dar-me o endereço?
Saudações bedéfilas.
GL
erradiador13@gmail.com
Então esse Dédalo saiu ou não? Nunca ninguém o viu pelo que me cabe questionar se não terão saído apenas 2 exemplares. Nos anos 80 também editei um faznzine chamado Hórus com tiragem reduzida a 2 exemplares: um para mim e outro para o meu pai. Bons velhos tempos!....
Caro Bourbonese
Esse livro teve uma escassa tiragem, de facto, o que me contrariou bastante.
Mas não esclareço aqui publicamente pormenores dessa edição porque ela teve dois editores, eu e Leonardo De Sá. Mas como cortámos relações depois disso, não estou àvontade para falar.
Em todo o caso, depositámos dois excemplares na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, de onde ambos somos.
Se quiser mais esclarecimentos, indique aqui o seu e-mail, ou o seu nº de telemóvel, ou o seu endereço físico.
Contactá-lo-ei em seguida.
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