Vomit Core - Fevereiro 2008
O primeiro fanzine com colesterol alto, qual "a fanzine", qual "colestrol".
Infelizmente, a língua portuguesa leva estes pontapés de gente que até tem graça a desenhar, mas a escrever...
Acerca da errónea utilização do feminino no substantivo masculino fanzine, afixarei um dia destes um "post" com o seguinte texto:
"Os fanzines, vítimas do vírus da iliteracia"
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Mais um fanzine de 2008 - o "Vomit Core" - mais um faneditor recém-chegado ao pequeno mundo fanzinístico, de que só ontem soube da existência.
É dum melómano, fala sobre música electrónica, elogia Otto Schirach, mas também tem BD (duas bandas desenhadas).
Donde classifico o zine como sendo misto, ou, de outra maneira, "um fanzine sobre tema diferente mas que também inclui banda desenhada".
Depreende-se que quero dizer - como já o fiz outras vezes, noutros sítios, peço desculpa a quem já me tenha lido nessas ocasiões - que há mais classificações, no total de três:
1) Fanzines de banda desenhada - os que são totalmente preenchidos com bandas desenhadas;
2) Fanzines com banda desenhada - os que se debruçam sobre um qualquer tema mas que incluem também bandas desenhadas;
3) Fanzines sobre banda desenhada - os que apenas incluem textos sobre BD (críticas, notícias de novas edições, biografias de autores ou personagens, entrevistas com autores, ensaios sobre obras, estudos sobre a Figuração Narrativa).
Ainda há pouco aqui mencionei - "post" de Março, 12 - um fanzine também editado por fãs da área da música, que tinha sido invadido por esse estranho vírus de usar o género feminino para o respectivo fanzine, em vez do já antigo masculino, naquele caso o Evasão zine.
No texto que então elaborei, falei dessa deturpação originada há uns quinze anos justamente em fanzines dedicados à música, cheios de erros ortográficos crassos (á em vez de à, estáva-mos em vez de estávamos, etc.).
E eu pensava: este pessoal sabe muito de música, mas na língua portuguesa têm muitas deficiências, e ainda por cima andam a escrever a fanzine, uma fanzine, ou seja, a transformar o género dos fanzines, cuja origem está no conceito de "um magazine editado por um, ou uma fã", daí que, em 1940, o criador do neologismo tenha feito a contracção da sílaba inicial da palavra fanático com a última sílaba de magazine.
Pois o faneditor Rudolfo preenche os dois maus requisitos, altera o género deste tipo de publicações amadoras - escreve na capa "a primeira fanzine", e faz vários erros ortográficos:
1) "Colestrol" (na capa), em vez de colesterol (e é escrito à mão, não foi falha na teclagem do computador);
2) "Príncipio" (no editorial) em vez de Princípio;
3) "Eletrónica" (no artigo sobre Otto von Schirach) em vez de Electrónica - e não acredito que já esteja a respeitar o acordo ortográfico.
Quanto ao resto, até tem algum nível, quer na apresentação, simples mas com gosto estético bastante aceitável (a capa dupla, apesar de não ser ideia inédita, denuncia imaginação), e as bandas desenhadas demonstram talento e têm originalidade)
É dum melómano, fala sobre música electrónica, elogia Otto Schirach, mas também tem BD (duas bandas desenhadas).
Donde classifico o zine como sendo misto, ou, de outra maneira, "um fanzine sobre tema diferente mas que também inclui banda desenhada".
Depreende-se que quero dizer - como já o fiz outras vezes, noutros sítios, peço desculpa a quem já me tenha lido nessas ocasiões - que há mais classificações, no total de três:
1) Fanzines de banda desenhada - os que são totalmente preenchidos com bandas desenhadas;
2) Fanzines com banda desenhada - os que se debruçam sobre um qualquer tema mas que incluem também bandas desenhadas;
3) Fanzines sobre banda desenhada - os que apenas incluem textos sobre BD (críticas, notícias de novas edições, biografias de autores ou personagens, entrevistas com autores, ensaios sobre obras, estudos sobre a Figuração Narrativa).
Ainda há pouco aqui mencionei - "post" de Março, 12 - um fanzine também editado por fãs da área da música, que tinha sido invadido por esse estranho vírus de usar o género feminino para o respectivo fanzine, em vez do já antigo masculino, naquele caso o Evasão zine.
No texto que então elaborei, falei dessa deturpação originada há uns quinze anos justamente em fanzines dedicados à música, cheios de erros ortográficos crassos (á em vez de à, estáva-mos em vez de estávamos, etc.).
E eu pensava: este pessoal sabe muito de música, mas na língua portuguesa têm muitas deficiências, e ainda por cima andam a escrever a fanzine, uma fanzine, ou seja, a transformar o género dos fanzines, cuja origem está no conceito de "um magazine editado por um, ou uma fã", daí que, em 1940, o criador do neologismo tenha feito a contracção da sílaba inicial da palavra fanático com a última sílaba de magazine.
Pois o faneditor Rudolfo preenche os dois maus requisitos, altera o género deste tipo de publicações amadoras - escreve na capa "a primeira fanzine", e faz vários erros ortográficos:
1) "Colestrol" (na capa), em vez de colesterol (e é escrito à mão, não foi falha na teclagem do computador);
2) "Príncipio" (no editorial) em vez de Princípio;
3) "Eletrónica" (no artigo sobre Otto von Schirach) em vez de Electrónica - e não acredito que já esteja a respeitar o acordo ortográfico.
Quanto ao resto, até tem algum nível, quer na apresentação, simples mas com gosto estético bastante aceitável (a capa dupla, apesar de não ser ideia inédita, denuncia imaginação), e as bandas desenhadas demonstram talento e têm originalidade)
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Vomit Core
nº 1 - Fevereiro 2008
Formato A5 - 16 páginas a p/b
Tiragem: 50 exemplares numerados
Editor: Rudolfo
Local da edição: não indicada
3 Comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Ora viva caro Geraldes.
Encontrei este seu blog por acaso e fiquei bastante contente com o que li.
Na altura em que fiz esse fanzine tinha 16 anos. Tinha acabado de descobrir o mundo dos fanzines, e nem sabia sequer que fanzine, era um substantivo masculino.
Quanto aos erros ortográficos, bem, alguns deles só reparei que existiam depois de imprimir tudo, e já não havia muito mais a fazer.
Só para o Geraldo ver o quão novato eu era nisto, o meu primeiro fanzine ( feito quando eu tinha 15 anos ), tinha a capa impressa ao contrário simplesmente porque eu não me tinha lembrado que secalhar estava a fotocopiar os desenhos com a orientação errada...
Já agora, terei todo o gosto em partilhar consigo as minhas mais recentes aventuras na edição independente.
Cumprimentos,
Rudolfo
Viva Rudolfo, ou Viva Alberto?
Respeito o seu "fair play", e terei muito gosto em ver as suas mais recentes aventuras na edição independente, como você diz (deste fanzine, ou novos títulos?)
Gostaria de receber exemplares do que estiver a editar actualmente.
Agradeço-lhe que me envie para
Geraldes Lino
Apartado 50273
1707-001 Lisboa
E aquando da remessa, peço-lhe o favor de indicar o seu email, o nº de telemóvel e o endereço físico.
Se for em Lisboa, poderemos encontrar-nos pessoalmente, e eu terei muito gosto em lhe oferecer alguns dos meus fanzines.
Saudações fanzinísticas.
GL
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