Exposição e Feira de Fanzines na Faculdade de Letras de Lisboa
Panfleto (ou "flyer") do evento fanzinéfilo, patente entre 4 e 7 de Dezembro
Nota de última hora:
A DATA DO FECHO DO EVENTO FOI ALTERADA, PELO QUE A EXPOSIÇÃO ESTARÁ PATENTE ATÉ DIA 15 DESTE MÊS.
Imprevisivelmente, eis que os fanzines dão azo a uma exposição/feira, implantadas em pleno átrio da Faculdade de Letras de Lisboa. O que, decerto, terá muito útil consequência cultural: umas centenas de jovens universitários vão tomar contacto com um tipo de publicação alternativa que, apesar da sua longa existência (com início em 1929 nos Estados Unidos, a seguir na década de 60 em França, e desde 1972 em Portugal) , ainda, e sempre, ao que parece, constitui novidade para muita - oh tanta! - gente, mesmo nos meios mais cultos, os universitários, e até mesmo entre a chamada "inteligentzia".
A acompanhar a exposição/feira há um bem elaborado (na generalidade) texto de João Bragança - que trabalha como professor, mas que, nas nas horas vagas, edita o fanzine Succedâneo -, de que reproduzo os parágrafos iniciais:
"O que é um fanzine?
A palavra fanzine tem origem na junção das palavras fan(atic)+ (maga)zine, utilizando-se por vezes só a abreviatura "zine". Os fanzines são publicações de carácter marginal, que são distribuídas e/ou publicadas, pelos próprios editores e são explicitamente não profissionais (Stephen Duncombe). São ainda caracterizadas pelo seguinte:
-São publicados irregularmente, a edição é feita ao ritmo que o editor entende.
-Têm baixa tiragem (entre 50 a 200 exemplares).
-A impressão é de baixa qualidade - normalmente são impressos em fotocópia ou com outros meios baratos e acessíveis, muitas vezes artesanais. Acompanham os meios tecnológicos da época, seja o duplicador offset, a fotocopiadora, a impressora do computador pessoal (...)"
Só tenho a acrescentar, caro João Bragança, que, quando te referes à "impressão de baixa qualidade", com certeza que te referes a Portugal, um país pobre onde os faneditores padecem, na sua maioria, de limitações económicas. Porque, se fores ao Festival de BD de Angoulême, verás que uma parte significativa dos fanzines franceses são impressos em bom papel, num "offset" normal.
Voltando à Exposição/Feira:
Já contactei com duas das pessoas ligadas à organização do evento: Ana Sereno e Ivo Santos. (ou Yves Berndt dos Santos, outra forma de identificação daquele jovem).
Para os dois, os meus parabéns pela organização. Há variadíssimos fanzines pendurados nas colunas, e os expositores horizontais estão repletos, proporcionando um panorama fanzinístico bastante positivo.
Só um reparo: a fanzinelândia portuguesa, no que se refere aos fanzines de banda desenhada, poderia estar mais bem representada, quer na exposição, quer na banca de vendas. Mesmo assim encontram-se expostos alguns espécimes raros, como é o caso do [fanzine] Facada Mortal.
Felicito os organizadores pela iniciativa, e pela qualidade que imprimiram a ambas as componentes do evento.
1 Comentários:
Olá,
muito obrigado pelo artigo no blogo. Só não concordo com o reparo do que havia poucos zines portugueses na feira, porque acho que a esmagadora maioria das zines é de origem portuguesa. Não sei de onde fui buscar esta impressão. Alias, não me lembro de uma zine estrangeira. Na exposição as coisas já saõ diferentes pois se compõe na sua maioria de publicações portuguesas e alemãs. Basta só juntar a informação que a exposição foi prolongada até sexta-feira dia 15 deste mês até as 22h.
Cumprimentos e agradecimentos
Yves (Ivo) Berndt dos Santos
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